quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Lúcio: o artista sem mãos que encanta a arte

Com superação e força de vontade, pretende no futuro fazer uma faculdade de Artes Plásticas e disseminar seu conhecimento junto com experiência de vida, para as pessoas que precisam  


  Por: José Brilhante 
O artista sem mãos fazendo o que mais gosta, sua arte  

Ele nascia em janeiro de 1992, em Parintins, onde jamais alguém imaginaria do que poderia fazer e ser capaz. Nada o levava ao encontro com a arte, devido as circunstâncias que não eram favoráveis para quem não possui mãos, uma ferramenta não essencial para Lúcio, que exercita a arte de uma forma surpreendente. Até uma vantagem foi lhe atribuído, a rapidez no aprendizado, fazendo que com todas as dificuldades que poderiam vim com a falta de mãos, desaparece quase por total.

O encontro com a arte

Começou a desenhar no jardim de infância, mas o primeiro e verdadeiro contato foi com apenas 12 anos de idade, na escola Brandão de Amorim (onde os professores, segundo Lúcio Santarém, são dedicados em ajudar a quem precisa), com um colega, quando uma professora passou um trabalho de aula que se resumia a um desenho. Analisou e acabou fazendo uns rabiscos e, viu que não tinha muita dificuldade. Ao chegar em casa, estava passando Dragon Boll Z, na TV. Em seus pensamentos veio a ideia de desenhar o personagem principal da saga. “Vou desenhar esse cara”, disse Lúcio quando ainda não conhecia por inteiro seu talento, “e saiu mais ou menos e, daí comecei a desenhar”. Para desenvolver seu dom a um nível excelente, no ano de 2016, uma instituição e um professor foram responsáveis. A proposta partiu de um amigo que mora na mesma rua de sua casa que, acabou falando do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro e do professor Josinaldo Matos, um profissional que contribuiu muito para seu desenvolvimento como artista e pessoa. 

O encontro com o professor foi cômico: talvez não acreditando em Lúcio, ao demostrar o interesse no curso de desenho, trouxe um papel e lápis para testa – lo. Quando viu um bom desenho se materializando, só confirmou o futuro aluno prodígio, fazendo o que mais gosta, desenhar e surpreender as pessoas com seu talento.  Com o egresso para o curso, no Liceu de Artes, surgiu as evoluções, principalmente na parte das técnicas de sombreamento, pintura em tela, Aquarela e Estêncil.  

O amor de mãe transformado em salvação

O nascimento, segundo dona Maria Santarém, mãe de Lúcio, foi dramático. Antes do parto acabou tendo um desmaio, quando retomou a consciência, seu bebê já tinha nascido. Após acordar, viu o filho com a boca “colada”, sem  mãos e pés. Como a família ainda não possuía preparo para cuidar de um recém-nascido com necessidades especiais, os problemas apareceram. O pequeno já tinha uma semana de vida e não mamava, apenas pingos de leite materno no canto esquerdo da boca, ainda fechada, era possível. 
A mãe em um ato desesperado e com muito amor, depois de vê-lo, todos os dias chorando de fome e não podendo alimenta-lo, acabou tomando uma decisão que no futuro salvou a vida de seu filho. Após ficar o dia todo em busca de alguma esperança, chamou sua filha e falou: “Irei cortar a boca dele, porque não quero ver meu filho sofrendo com dor da fome”. Assim acabou cortando a boca de Lúcio, com uma tesoura para poder alimenta-lo. Após o ato de desespero descobriu que era apenas um véu que unia a boca, onde o corte não causou sangramento. Mas, antes de tudo, levou-o em todos os hospitais de Parintins e não conseguiu que o operassem.
Após passar tudo isso, ainda na infância, dona Maria o acompanha em todos os lugares, na escola principalmente, sendo uma apoiadora, fazendo o papel de pai e mãe em todas as dificuldades.   

Superação e preconceito

“Todas as dificuldades me fizeram ir além, concluindo várias etapas com muito esforço” desabafa Lúcio, quando chegou ao seu primeiro desenho perfeito. No dia ficou muito orgulhoso de si, quando pegou aquele rabisco feito a tempos atrás e comparou com desenho atual. Percebeu a diferença e ficou mais feliz ainda, pela evolução do trabalho que estava indo a diante.  
Em relação ao preconceito, ele está arraigado na cultura brasileira e, em Parintins não é diferente, assim acontecendo também com Lúcio Santarém. Uma pessoa chegou perto dele e fez algumas insinuações para tentar rebaixa-lo.
- Porque você está aqui, fazendo esse curso, sem ter mãos? – perguntou com sadismo, a pessoa.  Ele simplesmente ignorou, e o tempo se encarregou de mudar as coisas. Passado um ano, a pessoa acabou vendo e ouvindo sobre o trabalho de Lúcio. Ao perceber a injustiça e preconceito que cometeu, pediu desculpas, abraçou-o e disse que errou, julgando e confundindo a ausência de mãos com a falta de talento e força de vontade.

Planos para o futuro

A vontade de fazer uma faculdade de Artes Plásticas é evidente, perante o entusiasmo demostrado, quando se falou de conhecimento aliado ao talento. Mas, seus planos para o futuro, vai além da graduação. A alma de Lúcio é solidária, não pensa somente em si, pensa em ajudar o outro que talvez esteja passando pela mesma dificuldade que já o acometeu. “Levarei minha história de vida para as escolas por meio de palestras, assim demostrando que a superação e o esforço alcança barreiras que a deficiência impõe” relata Lúcio, o artista sem mãos, ao final da conversa. 

Acervo de fotos e artes 











  
  

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Show de Bola chega em Manaus para a copa Rei Pelé


A competição terá a presença do avaliador técnico do Santos F. C de São Paulo, que poderá selecionar alguns jovens atletas para jogarem no clube do “peixe”

  Por: José Brilhante  
 Atletas e comissão técnica do Show de Bola Parintins      

Com uma delegação de 50 pessoas, incluindo os pais dos atletas, a escolinha Show de Bola Parintins, irá competir nas categorias, sub-11 e 13, tendo em vista que a competição abrange também as categorias sub - 9 e 15. Seus jogos estão marcados para acontecer na Associação de Pessoas da Caixa Econômica Federal (APCEF-AM), onde o torneio que durará quatro dias, (5, 6, 7, e 8), desse mês, é organizado pela Escola de Futebol Oficial do Santos. 


Para essa competição a escolinha, que tem como fundador Beto Pupunha, além dos atletas masculinos, está levando uma jogadora, a Evely Luiza, 12 anos, uma vez que o clube organizador possui franquia feminina, e será uma chance para ser vista pelo avaliador técnico, Paulo Robson, que veio para selecionar os futuros atletas. “A participação”, relata Beto Pupunha, “só está sendo possível pela parceria que nós fizemos com a escolinha do Santos que possui a franquia aqui em Manaus”. Continuando ele acrescentou: “nessa competição o coordenador de base do Santos de São Paulo, vem pra ver alguns atletas dentro da competição”.  

O apoio para a viagem vem da prefeitura municipal, por meio do prefeito Frank Bi Garcia, com passagens de ida e volta, mas a alimentação e estadia está sendo custeada pelos pais e escolinha.

Os adversários da escolinha serão, a Escola do Santos F.C - Manaus, Estrela do Futuro- RP, Meninos da Vila Manaus e Jovens de Cristo/Clube da Bola, em ambas a categorias (sub -11 e 13).  Além do Show de Bola e seus adversários, também irão participar do torneio, a Escola de Futebol Sete, Fast Clube/Baixada Tricolor e Clube Atlético Figueirense. 

Em relação aos campeões da Copa Rei Pelé de futebol, a premiação será medalhas, troféus e a chance de jogar no clube santista, se no caso for selecionado pelo “olheiro”.






 
     

 

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