quinta-feira, 8 de julho de 2021

Namorados viajam o Brasil vendendo livros de porta em porta para pagar faculdade


Os jovens participam de um projeto chamado Sonhando Alto que disponibiliza uma forma de renda (Colportagem: venda de livros) para pessoas sem condições financeiras de pagarem um curso superior. E sua parada a quase dois meses, está sendo Parintins.


 

POR: JOSÉ BRILHANTE

Fotos: arquivo pessoal de Herbealy e Julia Gabriele



Os sonhos de Herbealy Macedo, (23), e Julia Gabriele (18), manauaras, se cruzaram ainda na primeira campanha de vendas de livros em Itacoatiara. Eles já estão na segunda jornada de trabalho, viajando, em busca de recursos para pagar suas faculdades. A cada seis meses de estudos, dois, que são os das férias, são dedicados ao trabalho, tudo em prol a faculdade.

Os dois vendem de porta em porta, uma atividade extenuante, chegando a 12 horas de jornada de trabalho por dia. Mas, segundo eles, tudo vale a pena, quando está em busca do sonho. 

Já estão com viagem marcada para Bahia, onde Herbealy estuda Contabilidade e Julia, sua namorada, estuda Nutrição, na faculdade Adventista. “Depois disso não sabemos para onde iremos, porque é a campanha que decide para onde viajaremos em seguida. Estudamos um semestre e dedicamos dois meses de férias, trabalhando, para paga-los” diz Herbealy em entrevista. 


PROJETO QUE PARTICIPAM

Os dois, fazem parte de um projeto chamado Sonhando Alto, que existe há mais de doze anos. É um projeto que ajuda jovens a ingressarem em uma universidade, na maioria sem condições financeiras para banca-las.

Eles oferecem uma forma de trabalho chamado Colportagem, que significa venda de livros de porta em porta, de vários temas, como saúde, prevenção, empreendedorismo, religioso, relacionamentos e, até infantil, com intuito, exclusivo para ter condições de pagar boas faculdades, principalmente a adventista.

Mas, para se sustentar e pagar passagens, durante as vendas nas cidades, o projeto também oferece uma alternativa, que é a venda de revista nos mesmos seguimentos. 

Membros do projeto, além de Julia e Herbealy, que estão em Parintins

Clipe para conhecer melhor o projeto:

https://www.adventistas.org/pt/publicacoes/projeto/sonhando-alto/

 

SERVIÇOS OFERECIDOS

Herbealy e Julia, trabalham com o Mais Saúde. São livros manuais que levam a conscientização em relação a prevenção de doenças através de sucos e shakes. E também vendem livros que incentivam e dão dicas de empreendedorismo, infantil, religioso e relacionamentos saudáveis. 

“Em nossas caminhadas, descobrimos que em Parintins, a cada dez casas visitadas, oito, existem algum membro da família doente, principalmente de Diabetes e Alzheimer, doenças que mais matam no mundo. E nossos manuais, servem para orientá-los a prevenir esses males e muitos outros. Sendo assim, levamos formas de prevenção e conscientização a pessoas, através manuais que vendemos” explica o estudante. “E mesmo que não comprem, sempre deixamos uma oração ou informações que possam ajudar em relação aos serviços que oferecemos”. 

Produtos




Para facilitar a venda os colportores, priorizam o pagamento a vista e em parcelas de 2 vezes. Mas, tem opção no cartão de credito, parcelados em até 6 vezes.  

 

O COTIDIANO

Os companheiros de trabalho e namorados, relatam que a vida de colportor é bastante difícil, saem as oito da manhã e voltam às oito da noite. Andam a cidade toda, mas segundo os jovens, tem um lado bom. Encontrar pessoas que os tratam bem, abraçam os sonhos deles, é os que motiva a continuar.

“Temos nossas metas de vendas, se não atingirmos, mesmo assim, vamos para faculdade, trabalhamos lá, até atingir os valores que precisamos” diz Julia.

Julia e Herbealy sendo bem recebidos pelos clientes parintinenses

  

Perrengues

As enrascadas sempre surgem, principalmente em viagens em busca de sonhos. Sem eles não teriam histórias para contar. Com isso, Julia e Herbealy não escaparam dos perrengues. Na vinda para Parintins, acabaram sendo roubados. Uma mala sumiu e ficaram praticamente sem roupas.

Não faz muito tempo Herbealy foi assaltado, ficando sem celular. E por último invadiram a casa onde residem, enquanto estavam trabalhando e, levaram mais um celular, cartão de credito, e documentos. “Tirando todos esses percalços, não temos o que reclamar, somos quase sempre bem tratados e recebidos pelos Parintinenses, além de vender bem nossos livros” finalizam os estudantes.

 

 

 






 


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