Os jovens participam de um projeto chamado
Sonhando Alto que disponibiliza uma forma de renda (Colportagem: venda de livros) para pessoas sem condições financeiras
de pagarem um curso superior. E sua parada a quase dois meses, está sendo
Parintins.
POR: JOSÉ BRILHANTE
Os sonhos de Herbealy Macedo, (23), e Julia
Gabriele (18), manauaras, se cruzaram ainda na primeira campanha de vendas de
livros em Itacoatiara. Eles já estão na segunda jornada de trabalho, viajando,
em busca de recursos para pagar suas faculdades. A cada seis meses de estudos,
dois, que são os das férias, são dedicados ao trabalho, tudo em prol a
faculdade.
Os dois vendem de porta em porta, uma atividade
extenuante, chegando a 12 horas de jornada de trabalho por dia. Mas, segundo eles,
tudo vale a pena, quando está em busca do sonho.
Já estão com viagem marcada para Bahia, onde Herbealy estuda Contabilidade e Julia, sua namorada, estuda Nutrição, na faculdade Adventista. “Depois disso não sabemos para onde iremos, porque é a campanha que decide para onde viajaremos em seguida. Estudamos um semestre e dedicamos dois meses de férias, trabalhando, para paga-los” diz Herbealy em entrevista.
PROJETO
QUE PARTICIPAM
Os dois, fazem parte de um projeto chamado Sonhando
Alto, que existe há mais de doze anos. É um projeto que ajuda jovens a
ingressarem em uma universidade, na maioria sem condições financeiras para
banca-las.
Eles oferecem uma forma de trabalho chamado Colportagem,
que significa venda de livros de porta em porta, de vários temas, como saúde,
prevenção, empreendedorismo, religioso, relacionamentos e, até infantil, com
intuito, exclusivo para ter condições de pagar boas faculdades, principalmente
a adventista.
Mas, para se sustentar e pagar passagens, durante as vendas nas cidades, o projeto também oferece uma alternativa, que é a venda de revista nos mesmos seguimentos.
Clipe para conhecer melhor o
projeto:
https://www.adventistas.org/pt/publicacoes/projeto/sonhando-alto/
SERVIÇOS
OFERECIDOS
Herbealy e Julia, trabalham com o Mais Saúde. São
livros manuais que levam a conscientização em relação a prevenção de doenças
através de sucos e shakes. E também vendem livros que incentivam e dão dicas de
empreendedorismo, infantil, religioso e relacionamentos saudáveis.
“Em nossas caminhadas, descobrimos que em Parintins, a cada dez casas visitadas, oito, existem algum membro da família doente, principalmente de Diabetes e Alzheimer, doenças que mais matam no mundo. E nossos manuais, servem para orientá-los a prevenir esses males e muitos outros. Sendo assim, levamos formas de prevenção e conscientização a pessoas, através manuais que vendemos” explica o estudante. “E mesmo que não comprem, sempre deixamos uma oração ou informações que possam ajudar em relação aos serviços que oferecemos”.
Produtos
Para facilitar a venda os colportores, priorizam o pagamento a vista
e em parcelas de 2 vezes. Mas, tem opção no cartão de credito, parcelados em
até 6 vezes.
O
COTIDIANO
Os companheiros de trabalho e namorados, relatam
que a vida de colportor é bastante difícil, saem as oito da manhã e voltam às
oito da noite. Andam a cidade toda, mas segundo os jovens, tem um lado bom.
Encontrar pessoas que os tratam bem, abraçam os sonhos deles, é os que motiva a
continuar.
“Temos nossas metas de vendas, se não atingirmos,
mesmo assim, vamos para faculdade, trabalhamos lá, até atingir os valores que
precisamos” diz Julia.
Perrengues
As enrascadas sempre surgem, principalmente em
viagens em busca de sonhos. Sem eles não teriam histórias para contar. Com
isso, Julia e Herbealy não escaparam dos perrengues. Na vinda para Parintins,
acabaram sendo roubados. Uma mala sumiu e ficaram praticamente sem roupas.
Não
faz muito tempo Herbealy foi assaltado, ficando sem celular. E por último
invadiram a casa onde residem, enquanto estavam trabalhando e, levaram mais um
celular, cartão de credito, e documentos. “Tirando todos esses percalços, não
temos o que reclamar, somos quase sempre bem tratados e recebidos pelos
Parintinenses, além de vender bem nossos livros” finalizam os estudantes.