O santareno, Arley Fabrício, 29 anos, mais conhecido como “Anjo”, sobrevive da arte, com a realidade ao lado, onde o artista do norte, ainda é reconhecido e valorizado pelo seu talento, mas desvalorizado no valor monetário.
POR: JOSÉ BRILHANTE Anjo e suas artes
Fotos: arquivo pessoal de Anjo
Instagram: @arleeyfabricio
O ainda
pequeno “Anjo”, começou seus primeiros rabiscos com apenas quatro anos de idade,
desenhando os super-heróis dos desenhos animados que via na televisão e nos
quadrinhos.
Acabou recebendo o apelido de Anjo, por gostar muito da figura celestial e por ser simbólico ao seu gosto. O número sete, veio compor seu slogan chamado “ANJO 7, UM SOBREVIVENTE DA ARTE”. “O sete veio porque é o número da perfeição, e acabei fazendo uma junção” explica Anjo.
Arley Fabrício, o Anjo, acabou passando uma temporada de oito anos na terra do boi-bumbá, Parintins, por motivos de trabalho, e acabou agregando a sua arte o, estilo Parintinense (retratar a fauna, flora e os indígenas), ao que já possuía, o Underground e o grafite de rua.
“SOU
AUTODIDATA’’
Aprendeu quase tudo sozinho, sempre
observando. Já nasceu com o dom dos traços. “Nunca fiz um curso de desenho” fala
Anjo. “Tudo que aprendi foi por interesse em sempre está evoluindo. Demorou um
pouco para mim ter o controle das técnicas. Era muito difícil, não tinha
informação, e o jeito era observar os que desenhavam para aprender”.
Com 10 anos de idade, em 2001, começou a pintar.
E desde então, vem tentando evoluir cada vez mais, sempre aprendendo novas
técnicas, para juntar tudo em uma só arte.
Em relação ao seu estilo, Anjo conta um pouco: “Não possuo um
estilo próprio, gosto de fazer todo tipo de arte, usando todas a referências
que já adquiri”.
REFERÊNCIAS
Tem como espelho principal para suas artes, Salvador
Dalí, um famoso pintor surrealista, Catalão, que tinha como principais
características, seus bigodes protuberantes, superlongos e finos. A figura e as
obras de salvador, o faz refletir: “As obras dele e a figura, me faz viajar
nesse universo da arte. Ele coloca suas ideias através do surrealismo. Então pego referências dele”.
Apesar de uma rápida passagem pelo boi-bumbá,
não considera que teve uma absorção de técnicas usadas no trabalho dos bois.
Mas, uma morada de oito anos na cidade de Parintins, o fez conhecer pessoas que
acabaram passando seus conhecimentos a ele, para agregar no seu estilo
eclético.
“A arte da cidade me inspirou, ela mudou meu pensamento.
Antes só gostava de fazer desenhos Underground. Tudo relacionado a rua, na cultura
hip-hop, onde comecei. E quando cheguei na cidade tive outra visão, da arte regional,
da natureza, da arte indígena” conta Arley
Fabrício, o Anjo.
TÉCNICAS
Foi adquirindo as técnicas, e aprendeu a Areografia,
um método surrealista, onde utiliza-se uma pistola de ar, de pequeno porte, chamada
de aerógrafo. Depois aprofundou-se no Spray, ai aprendeu as técnicas dos traços
mais finos.
“Gosto muito de utilizar a técnica do
realismo, areografia, spray, pincel. Assim, tento também fazer uma técnica
mista. Coloco tudo junto!” explica Anjo.
O PODER DA ARTE
Vive da arte em Santarém/Pará, porém, a vida
é difícil para o artista do norte. “As pessoas vedam-se perante o poder de transformação
da arte” relata Anjo. “Alguns, só
querem adquirir sem dar o devido valor”.
Mas, apesar de tudo, existem os que valorizam
e reforçam o caminhar da arte, que representa a paixão de Anjo. É a sua comunicação.
Acaba expressando suas ideias através dos desenhos e pinturas, e a arte lhe dar
esse suporte.
ACERVO
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