domingo, 2 de agosto de 2020

ANJO 7: UM SOBREVIVENTE DA ARTE

O santareno, Arley Fabrício, 29 anos, mais conhecido como “Anjo”, sobrevive da arte, com a realidade ao lado, onde o artista do norte, ainda é reconhecido e valorizado pelo seu talento, mas desvalorizado no valor monetário.  


POR: JOSÉ BRILHANTE Anjo e suas artes 

Fotos: arquivo pessoal de Anjo 

Instagram: @arleeyfabricio


O ainda pequeno “Anjo”, começou seus primeiros rabiscos com apenas quatro anos de idade, desenhando os super-heróis dos desenhos animados que via na televisão e nos quadrinhos. 

Acabou recebendo o apelido de Anjo, por gostar muito da figura celestial e por ser simbólico ao seu gosto. O número sete, veio compor seu slogan chamado “ANJO 7, UM SOBREVIVENTE DA ARTE”. “O sete veio porque é o número da perfeição, e acabei fazendo uma junção” explica Anjo. 

Arley Fabrício, o Anjo, acabou passando uma temporada de oito anos na terra do boi-bumbá, Parintins, por motivos de trabalho, e acabou agregando a sua arte o, estilo Parintinense (retratar a fauna, flora e os indígenas), ao que já possuía, o Underground e o grafite de rua.


“SOU AUTODIDATA’’

Aprendeu quase tudo sozinho, sempre observando. Já nasceu com o dom dos traços. “Nunca fiz um curso de desenho” fala Anjo. “Tudo que aprendi foi por interesse em sempre está evoluindo. Demorou um pouco para mim ter o controle das técnicas. Era muito difícil, não tinha informação, e o jeito era observar os que desenhavam para aprender”. 

Com 10 anos de idade, em 2001, começou a pintar. E desde então, vem tentando evoluir cada vez mais, sempre aprendendo novas técnicas, para juntar tudo em uma só arte.

Em relação ao seu estilo, Anjo conta um pouco: “Não possuo um estilo próprio, gosto de fazer todo tipo de arte, usando todas a referências que já adquiri”. 


REFERÊNCIAS

Tem como espelho principal para suas artes, Salvador Dalí, um famoso pintor surrealista, Catalão, que tinha como principais características, seus bigodes protuberantes, superlongos e finos. A figura e as obras de salvador, o faz refletir: “As obras dele e a figura, me faz viajar nesse universo da arte. Ele coloca suas ideias através do surrealismo.  Então pego referências dele”. 

Apesar de uma rápida passagem pelo boi-bumbá, não considera que teve uma absorção de técnicas usadas no trabalho dos bois. Mas, uma morada de oito anos na cidade de Parintins, o fez conhecer pessoas que acabaram passando seus conhecimentos a ele, para agregar no seu estilo eclético. 

“A arte da cidade me inspirou, ela mudou meu pensamento. Antes só gostava de fazer desenhos Underground. Tudo relacionado a rua, na cultura hip-hop, onde comecei. E quando cheguei na cidade tive outra visão, da arte regional, da natureza, da arte indígena” conta Arley Fabrício, o Anjo.


TÉCNICAS

Foi adquirindo as técnicas, e aprendeu a Areografia, um método surrealista, onde utiliza-se uma pistola de ar, de pequeno porte, chamada de aerógrafo. Depois aprofundou-se no Spray, ai aprendeu as técnicas dos traços mais finos.

“Gosto muito de utilizar a técnica do realismo, areografia, spray, pincel. Assim, tento também fazer uma técnica mista. Coloco tudo junto!” explica Anjo.  

 

O PODER DA ARTE

Vive da arte em Santarém/Pará, porém, a vida é difícil para o artista do norte. “As pessoas vedam-se perante o poder de transformação da arte” relata Anjo. “Alguns, só querem adquirir sem dar o devido valor”.

Mas, apesar de tudo, existem os que valorizam e reforçam o caminhar da arte, que representa a paixão de Anjo. É a sua comunicação. Acaba expressando suas ideias através dos desenhos e pinturas, e a arte lhe dar esse suporte.  


ACERVO 












Trabalho em camisa 

Trabalho em camisa 














 




 



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